a) Leucemias
As leucemias caracterizam-se por uma proliferação descontrolada de um determinado grupo de células na medula óssea e eventualmente no sangue e em outros órgãos. Podem ser classificadas em linfoide ou mieloide, de acordo com o tipo de célula comprometida, em aguda (células imaturas, jovens) ou crônica (células mais maduras). Somente através de exames específicos (mielograma, biópsia de medula óssea, medula óssea, imunofenotipagem, cariótipo), e que o hematologista poderá dizer qual é o tipo de leucemia e o tratamento.
O tratamento pode ser desde observação, tratamento com quimioterapia oral até tratamentos mais intensivos com necessidade de internação, este último, nos casos das leucemias agudas. Algumas vezes, pode ser necessário, um transplante de medula óssea, posteriormente.
b) Linfomas
Os linfomas são tumores do sistema linfático. Desta forma, sua principal manifestação clínica é o desenvolvimento de massas tumorais ou adenomegalias, conhecidas como “ínguas” em regiões do corpo como: pescoço, axila, virilha, baço, fígado, estômago, amígdalas ou medula óssea. Dividem-se basicamente em Linfoma de Hodgkin e Linfomas não-Hodgkin. Há uma grande heterogeneidade neste grupo de doenças, de forma que o tipo específico de linfoma só poderá ser definido por meio de biópsia da massa ou do gânglio acometido. Devido à grande variedade de subtipos de linfomas, há diversos protocolos de tratamento, que serão explicados caso a caso pelo hematologista ao paciente.
c) Mieloma múltiplo
Mieloma múltiplo é uma doença específica dos plasmócitos, células encontradas na medula óssea. No decorrer da doença, pode haver lesões ósseas (líticas), fraturas aos mínimos traumas e dor óssea. Podem ocorrer ainda anemia, infecções e sangramentos, quando a doença passa a prejudicar o funcionamento adequado da medula óssea. É comum a produção de uma substância chamada proteína monoclonal pelas células doentes, a qual muitas vezes provoca danos aos rins, podendo levar à necessidade de sessões de hemodiálise, em casos mais graves. O tratamento envolve basicamente associações de quimioterapia com outras medicações (talidomida e corticoide) e na maioria dos casos, pode haver necessidade de um transplante autólogo de medula óssea.